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24 de set. de 2011
Filo Arthropoda. Classe Insecta. Ordem Siphonaptera.

Filo Arthropoda. Classe Insecta. Ordem Siphonaptera.

A ordem  Siphonaptera  (siphon  = tubo;  aptera  = sem asas) compreende insetos hematófagos de ambos os sexos, vulgarmente conhecidos como pulgas e bichos-de-pé. Esses insetos são encontrados em todo o mundo, com aproximadamente 3.000 espécies conhecidas. São holometabólicos, ápteros e apresentam corpo achatado latero-ventralmente. As fêmeas são ovíparas.


Xenopsylla spp. Fêmea, espermateca apontada em detalhe. Lâmina da UFC.

Pulex irritans. Macho, com edeago apontado em detalhe. Lâmina da UFC.


As pulgas na fase adulta são ectoparasitos de aves e principalmente de mamíferos, apresentando aparelho bucal do tipo picador-sugador (hematófagos) enquanto, na fase larvária, apresentam vida livre e aparelho bucal do tipo mastigador. Algumas espécies apresentam especificidades de hospedeiro.

  Ciclo de uma pulga:  1) fêmea grávida  faz  oviposição no  solo; 2)  ovo;  3) larva;  4) larva alimenta-se  de detritos  orgânicos; 5)  pupa (adaptado de Brown, 1964).

Principais espécies e hospedeiros preferenciais:


Pulex irritans (homem), Xenopsylla cheops (rato) e Tunga penetrans (suíno, homem e cão, principalmente).
Sua importância se deve a seu papel como vetores de viroses (coelho), riquétsias (roedores, homem) e bactérias (Yersinia pestis – peste bubônica), além de atuarem como hospedeiros intermediários de protozoário (Trypanosoma lewise- roedor) e cestoda (Dypilidium caninum­- cão, acidentalmente no homem).


(Informações adaptadas da 11a edição de ‘Parasitologia Humana’, de David Pereira Neves, e do Roteiro de aulas práticas da disciplina).
Filo Arthropoda. Classe Arachnida. Ordem Ixodida.

Filo Arthropoda. Classe Arachnida. Ordem Ixodida.

Subordem Ixodides


Possuem peças bucais situadas numa falsa cabeça (gnatosoma), constituída pelas seguintes peças: quelíceras, palpos e hipóstomo. O resto do corpo (idiosoma) não apresenta segmentação distinta. Como todo aracnídeo apresenta 4 pares de patas.

Família Ixodidae


Apresentam dimorfismo sexual  acentuado: os machos, menores  em tamanho,  apresentam  um  escudo recobrindo toda a área dorsal. Nas fêmeas, o escudo é limitado ao terço anterior do noto. Além dos ovos, os Ixodidae têm três estágios durante seu ciclo biológico: larvas, ninfas e adultos.  Cada um desses estágios suga sangue durante alguns dias, antes de uma ecdise ou do inicio da postura de milhares de ovos; após a oviposição, as fêmeas morrem. Os machos não  sugam sangue ou sugam muito pouco.

Carrapato fêmea da espécie Amblyomma cajennense. Detalhe para o escudo apenas no terço anterior do indivíduo (Foto: CDC/Estados Unidos).

Amblyomma cajennense


Indivíduos são ornamentados e possuem gnatossoma longo; é a espécie mais comum da família Ixodidae e a mais importante na transmissão de doenças para humanos. Atacam  equídeos, porém têm pouca especificidade parasitária, principalmente nos estágios de larva e ninfa. Suas larvas são conhecidas por “micuins” e atacam o homem vorazmente. Os adultos são conhecidos por “carrapato-estrela” ou “rodoleiro”.
Espécie heteroxênica, exige três hospedeiros para completar seu ciclo. No fim de cada estágio de desenvolvimento, o carrapato abandona o hospedeiro para realizar muda de cutícula.  As fêmeas fazem posturas de 6 a 8 mil ovos.

Pode reter o vírus da febre amarela e é, em nosso meio, a mais importante espécie transmissora da febre maculosa (Rickettsia  rickettsi).

Amblyomma cajennense, vista ventral anterior da fêmea com destaque para peças bucais. Lâmina da UFC.


Amblyomma cajennense, vista ventral posterior da fêmea, com destaque para o Ânus. Lâmina da UFC.


(Informações adaptadas da 11a edição de ‘Parasitologia Humana’, de David Pereira Neves, e do Roteiro de aulas práticas da disciplina).
15 de set. de 2011
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CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO


INTRODUÇÃO


Para se evitar erros simples, nos processos de manuseio, coleta, transporte e armazenagem da amostra, que alteram os resultados dos exames laboratoriais, foi criado o controle de qualidade, então, devem ser seguidos os padrões para assegurar que os resultados demonstrem com fidelidade o estado clínico do paciente.

O laboratório clínico deve assegurar que os resultados produzidos reflitam, de forma fidedigna e consistente, a situação clínica apresentada pelos pacientes, assegurando que não representem o resultado de alguma interferência no processo. A informação produzida deve satisfazer as necessidades de seus clientes e possibilitar a determinação e a realização correta de diagnóstico, tratamento e prognóstico das doenças. (CHAVES, 2010)



1. CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO




O laboratório deve garantir a qualidade de seus produtos, visto que devem ter isso como uma missão produzir resultados corretos. È importante que os laboratórios ofereçam serviços que superem as perspectivas de seus clientes, pois qualidade deve ser definida baseada em seus clientes, que faz uso do serviço.
As conseqüências dos erros em laboratórios de medicina podem ser muitas vezes graves, especialmente quando o teste irá definir um diagnóstico, ocasionando resultados falsos positivo, ou ainda falsos negativos. Ambas as circunstâncias colocam em risco a saúde do paciente e produzem custos desnecessários para o sistema de saúde. (Guimarães, 2011)

 Nos laboratórios de análises clínicas, deve-se garantir a qualidade dos resultados tendo controle absoluto sobre todas as etapas do processo, o qual pode ser denominado de realizar exame, que compreende as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. Todas essas etapas devem seguir um padrão, pois só assim obteremos qualidade nos exames realizados.
Estabelecer este padrão visa prevenir, detectar, identificar e corrigir todos os erros e possíveis variações de todas as fases, desde o pedido até a entrega do resultado.

Todas as atividades realizadas dentro do laboratório devem ser documentadas, através de Instrução de Trabalho (IT) ou Procedimento Operacional Padrão (POP), isso depois de aprovados e colocados à mostra dos funcionários. Esses documentos descrevem por detalhes cada atividade.

1.1  Controle Interno da Qualidade


É o controle intralaboratorial; a análise diária de amostra de controle com valores conhecidos para avaliar a precisão dos ensaios, como seu funcionamento eficiente e confiável dos procedimentos laboratoriais para fornecer resultados válidos que contribuam ao diagnóstico clínico. Ele verifica a calibração dos aparelhos e indica o momento de haver correção.

1.2  Controle Externo de Qualidade


É o controle interlaboratorial; esse sistema avalia o resultado de cada teste com a média de consenso de seu grupo. Essa média é feita pelo patrocinador do programa utilizando os resultados enviados pelos laboratórios, que são agrupados por metodologias de ensaios empregadas.
Assim vemos que Controle Externo da Qualidade padroniza os resultados de laboratórios distantes através da comparação interlaboratorial de análises de alíquotas do mesmo material.

O laboratório que participa efetivamente de um Programa de Controle Externo da Qualidade pode assegurar que seus resultados aproximam o máximo de exatidão dentro de uma variabilidade analítica permitida.

1.3  Processos pré-analíticos


Diferentes fatores estão envolvidos nos erros de laboratório clínico, principalmente na fase pré-analítica. Esta é a fase mais suscetível aos erros de processos, sobre tudo aqueles processos que estão fora do laboratório clínico e envolvem diretamente tarefas manuais. (Guimarães, 2011)
Esses são difíceis de controlar, já que grande parte ocorre fora do laboratório. Há diversos fatores dentro do processo pré-analítico que podem causar erros ou variações nos resultados:


1.3.1        Identificação

É de grande importância que o paciente, a solicitação do exame e as amostras estejam identificadas; deve-se ter o nome do paciente, com data e hora da coleta e o tipo do material a ser analisado.


1.3.2        Preparação do Paciente

Os profissionais devem ter conhecimento da importância de preparação do paciente para a coleta. Fatores como jejum, estado nutricional, uso de álcool, estresse, fumo, exercícios físicos, postura e interferências medicamentosas.


1.3.3        Coleta da Amostra

Podem ocorrer erros por causa da obtenção, preparação e armazenamento da amostra. Erro na identificação, troca de material, contaminação da amostra, hemólise, estase prolongada, homogeneização, centrifugação, conservação inadequada, anticoagulante errado, entre outros.


1.4  Procedimentos Analíticos

Esses procedimentos, que são o dá análise propriamente dita, devem ser implantados na rotina laboratorial com confiabilidade e praticidade. Deve-se considerar também a qualidade da água, limpeza das vidrarias, calibração dos dispositivos de medição de ensaio (pipetas, vidrarias, equipamentos.

Todos os processos analíticos devem ser documentados com detalhes, assim como os pré-analíticos.
O modelo de trabalho nessa fase deve apresentar o nome do procedimento; nome e fundamento do método; principais aplicações; tipo de amostra do paciente; padrões, calibradores, controles, reagentes e insumos; equipamentos; cuidados e precauções; procedimento detalhado; linearidade do método; cálculos; controle da qualidade; valores críticos; observações.


1.5  Procedimentos Pós-analíticos

Consistem nas etapas executadas após a realização do exame, o que incluem o cálculo dos resultados, análise da consistência dos resultados, liberação dos laudos, transmissão e arquivamento de resultados, consultoria técnica.

            Os laudos devem ser entregues com letra legível e sem rasuras, sendo que são confidenciais e devem respeitar a privacidade dos pacientes mantendo sigilo sobre os resultados. Os resultados devem ser entregues dentro de prazos especificados, sendo que devem permanecer cópias ou arquivos dos laudos para posterior recuperação.


1.     REFERÊNCIAS



1.     Lopes, H. J.; Garantia e Controle da Qualidade no Laboratório Clínico; Belo Horizonte-MG, 2003.
2.     CHAVES, C. D., [et al]; Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas; 2010.






Acadêmica: Frantiesca Vargas