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18 de ago. de 2016
Entamoeba histolytica

Entamoeba histolytica

MORFOLOGIA *Cisto ou forma de resistência(8-20um) -Formato esférico com vários núcleos(dois a quatro, normalmente) -Dependendo da coloração pode-se visualizar as reservas de glicogênio *Metacisto -Forma tetranucleada que emerge do cisto no intestino delgado -Sofre divisões dando origem aos trofozoítos. *Trofozoíto ou forma vegetativa (20-40um) -Único núcleo -Movimentação por meio de pseudópodes *Pré-cisto Fase intermediária entre trofozoíto e cisto. Morfologia oval e apresenta um núcleo.

CICLO BIOLÓGICO A infecção ocorre no momento em que o hospedeiro ingere os cistos maduros a partir de alimentos e água contaminados. O desencistamento ocorre no fim do intestino grosso, onde o metacisto originará trofozoítos que colonizarão a mucosa da região. A condição de pré-cisto ocorre quando eles despregam da mucosa e sofrem divisões, logo após tornando-se cisto novamente para eliminação junto às fezes.
Giardia lamblia

Giardia lamblia

MORFOLOGIA *Trofozoíto(20x10um) -Formato de pêra com simetria bilateral -Quatro pares de flagelos -Possui duas faces: 1-Ventral -Côncava com disco ventral* - formado por microtúbulos e microfilamentos -Presença de corpos medianos(formações paralelas) 2-Dorsal -Lisa e convexa

*Cisto(12x8um) -Formato oval -Dependendo da coloração pode-se visualizar uma fina membrana -Dois a quatro núcleos opostos aos corpos escuros em formato de meia-lua -Fibrilas de número variável
OBS.:*ou disco adesivo ou disco suctorial(por parecer uma ventosa) CICLO BIOLÓGICO A infecção é dada por ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do parasita. Devido ao Ph ácido do estômago inicia-se o desencistamento e ao fim do intestino delgado já pode ser verificada uma infestação de trofozoítos. Não se sabe se os estímulos que conduzem o encistamento ocorrem dentro ou fora do parasito(NEVES). Sendo assim, ele torna ao formato de cisto para melhor sobrevivência no meio externo após eliminação devido a parede quitinosa.
Plasmodium falciparum

Plasmodium falciparum

MORFOLOGIA Formas evolutivas: 1)EXTRACELULARES(Infectantes): Esporozoítos, Merozoítos e Oocineto 2)INTRACELULARES: Trofozoítos, Esquizontes e Gametócitos OBS.: Nas formas extracelulares uma membrana externa simples e uma membrana interna dupla envolvem o citoplasma, enquanto que nas formas intracelulares ela está ausente. *Gametócito

*Trofozoíto
CICLO BIOLÓGICO O inseto vetor inocula a forma esporozoítica no humano por meio de sua saliva durante o repasto sanguíneo. Estes esporozoítos alcançarão a corrente sanguínea e terão movimentação graças às proteínas presentes em sua parede, mas esta durará pouco tempo. Ocorrerá uma invasão ao hepatócito onde passarão a forma de trofozoítos dando a origem aos esquizontes teciduais. Logo após a multiplicação a forma em que se encontram já é a de merozoíto, responsável por invadir eritrócitos. Após a invasão ele torna a forma de trofozoíto que formará esquizontes que se diferenciarão em merozoítos que atacarão novos eritrócitos. A diferenciação em estágios de gametócitos só ocorre após sucessivas divisões. A fêmea do inseto anofelino ingere os gametócitos durante o repasto sanguíneo e só eles conseguirão evoluir devido a reprodução sexuada que ocorrerá no intestino médio do inseto. Após a fecundação do gametócito masculino com o feminino e a consequente formação de um zigoto, há a formação do oocisto. Com a divisão esporogônica, os esporozoítos liberados após o rompimento do oocisto chegam até as glândulas salivares do mosquito.
Trypanosoma cruzi

Trypanosoma cruzi

MORFOLOGIA Polimorfismo apresentado pela classe sugere importante sobrevivência para a espécie em questão no meio. *Amastigota(Forma intracelular) -Formato arredondado -Possui flagelo, mas ele NÃO se exterioriza

*Tripomastigota(Forma extracelular) -Formato alongado -Possui cinetoplasto* POSTERIOR ao núcleo -Possui flagelo livre com extensa membrana ondulante que permite movimentação *Epimastigota -Formato alongado - Possui cinetoplasto ANTERIOR ao núcleo -Possui membrana ondulante lateralizada obs.: *Cinetoplasto= Mitocôndria modificada, rica em DNA
CICLO BIOLÓGICO O vetor, durante o repasto sanguíneo, injeta tripomastigotas metacíclicos que interagem com a pele e transformam-se em amastigotas. No entanto, no momento em que passam pelo interstício tornam a fase de tripomastigota novamente. Este multiplica-se sucessivamente e infecta o triatomíneo durante o momento de repasto sanguíneo passando para o trato digestivo. No intestino médio do inseto o parasita passará por divisões e ao sair do intestino passa para a fase epimastigota. Ao chegar na glândula salivar passa da fase epimastigota para tripomastigota metacíclico para infecção.
Leishmania

Leishmania

MORFOLOGIA *Amastigota(1,5x3,0um) -Forma encontrada no interior de células fagocitárias. -Formato ovalado. -Dependendo da coloração pode-se observar disperso no citoplasma o núcleo(formato arredondado, o cinetoplasto e o vacúolo- algumas vezes pode ser difícil a visualização deste. -Nesta forma, o flagelo só pode ser visualizado por microscópio eletrônico , uma vez que fica limitado a uma membrana que envolta o citoplasma, ou seja, ele não se exterioriza (Rizonema - porção intracitoplasmática do flagelo).

*Promastigota(10x1,5um) -Forma encontada no trato gastro-intestinal do hospedeiro invertebrado(intermediário). -Formato alongado em que o flagelo se exterioriza na porção anterior do corpo do parasita para além dos limites da membrana que envolve o citoplasma. -No citoplasma observa-se o núcleo arredondado na porção anterior e entre eles o cinetoplasto em formato de bastão. -É a forma INFECTANTE OBS.: Leishmania, nas diferentes formas evolutivas, apresenta em sua superfície uma variedade de moléculas muito importantes para a relação dos parasitos com seus hospedeiros, determinando a virulência, infecciosidade, sobrevivência e patogênese.
CICLO BIOLÓGICO Lutzomyia longipalpis, principal hospedeiro intermediário do gênero Leishamania, inocula sua saliva, a qual possui ação anticoagulante e vasodilatadora, no hospedeiro definitivo(humano) durante o repasto sanguíneo. A saliva do flebotomíneo está infectada com a forma promastigota, a qual possui LPG(lipofosfoglicano), dificultando a lise pelo sistema complemento após a endocitose uma vez que impedem a formação do fagolissomo. A partir disso, transformam-se em amastigotas como uma forma de `camuflagem` e iniciam a replicação, a qual se faz possível em meio ácido pela proteína gp63 presente em sua membrana que neutraliza o meio. Com o repasto sanguíneo o flebotomíneo ingere a forma amastigota livre no sangue a qual no trato digestivo transforma-se em amastigotas infectantes
17 de ago. de 2016
Ascaris Lumbricoides

Ascaris Lumbricoides



Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Ascaridida
Família: Ascarididae
Espécie: Ascaris lumbricoides

       O ascaris lumbricoides é o parasita responsável por causar, nos seres humanos, uma infecção conhecida como ascaríase, ascaridíase, ascaridose ou ascaridiose.

Morfologia dos Vermes Adultos:


 Machos e fêmeas possuem diferenças em sua morfologia e em seu tamanho (figura1):

 -Fêmeas: São maiores, mais grossas, possuem a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada e podem chegar a ter 30 ou 40 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Já quando o número de parasitas é grande (muitas dezenas ou centenas de vermes ocupando o mesmo hábitat), seu tamanho é reduzindo, chegando a ter entre 10 e 15 cm de comprimento. Grande parte da cavidade pseudocelômica é ocupada pelos órgãos genitais, que são duplos.

-Machos: sua extremidade caudal possui um enrolamento ventral e podem chegar a ter 15 a 30 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Possuem, como anexos de seus genitais, dois espículos grossos, curvos e iguais (figura 2).



Figura 1. A. Fêmea, com o extremo posterior retilíneo. B. Macho, com a cauda enrolada ventralmente. Rey, 2008

 Figura 2, mostrando a boca trilabiada presente no parasita e as espículas presentes nos machos da espécie

 A boca desse parasita se encontra perfeitamente centrada na extremidade anterior e possui três lábios grandes: um dorsal e dois látero-ventrais.(figura 2 e 3)



Figura 3. Boca do ascaris (M) com seus três lábios. Rey, 2008


 Morfologia dos Ovos:


 Possuem 3 camadas:
1- A mais interna, muito delgada e impermeável à água;
2- A média é bastante espessa;
3- A mais externa que, diferente das demais, não é elaborada pelo próprio ovo, mas segregada pela parede uterina. Sendo em geral grossa, irregular e com superfície mamilonada. Algumas vezes a casca externa é muito delgada ou falta completamente.
Podem ser eliminados ovos férteis (aqueles que foram fecundados) e ovos inférteis (aqueles que não foram fecundados). Os ovos férteis são quase esféricos, medindo em média 60 × 45 μm. Os ovos inférteis são mais alongados que os ovos férteis, possuem casca mais delgada e medem em média 80 a 90 μm de comprimento. Além disso, possuem um citoplasma cheio de grânulos.


Figura 4. Ovo fértil de ascaris (lâmina do LMF). Praça e Morais 2016.


Figura 5. Ovo infértil de ascaris (lâmina do LMF) Praça e Morais 2016


 Figura 6. Ovo fértil. Atlas de parasitologia UFF 


 Figura 7. Ovo Infértil. Atlas de Parasitologia UFF 


 Figura 8. Ovo fértil decorticado (sem camada mamilonada) 

 Ciclo Evolutivo


 O embrionamento ocorre no meio externo. Em temperaturas ótimas, que ocorre entre 20 e 30º C, o embrionamento pode fazer-se em duas semanas. A larva formada precisa de mais uma semana para sofrer a primeira muda dentro do ovo. Só depois disso adquire a capacidade de infectar um novo hospedeiro, quando o ovo for ingerido. Após a ingestão, ocorre a eclosão que é desencadeada por estímulos fornecidos pelo hospedeiro, onde destaca-se a concentração de CO2. A larva de segundo estágio que sai do ovo é aeróbia, portanto não consegue desenvolver-se na cavidade intestinal. Então, começará por invadir a mucosa intestinal e penetrar na circulação sanguínea ou linfática. As larvas chegam ao “coração direito” e são levadas ao pulmão. No pulmão, as larvas de segundo estágio encontram meio favorável para continuar sua evolução. Por volta do oitavo ou nono dia, sofrem a segunda muda e se transformam em larvas de terceiro estágio. Nos alvéolos pulmonares, sofrem a terceira muda e se transformam em larvas de quarto estágio. As larvas de quarto estágio, chegando aos bronquíolos, passam a ser arrastados com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traqueia e laringe, para serem deglutidas e alcançarem o estômago e intestino. No intestino, ocorre a quarta e última muda, transformando-os em adultos jovens. O desenvolvimento sexual completa-se em cerca de dois meses e, em geral, aos dois meses e meio as fêmeas começam a pôr ovos. 


 Referências: 

1. REY, Luïs. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 

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