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22 de nov. de 2018
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18 de ago. de 2016
Entamoeba histolytica

Entamoeba histolytica

MORFOLOGIA *Cisto ou forma de resistência(8-20um) -Formato esférico com vários núcleos(dois a quatro, normalmente) -Dependendo da coloração pode-se visualizar as reservas de glicogênio *Metacisto -Forma tetranucleada que emerge do cisto no intestino delgado -Sofre divisões dando origem aos trofozoítos. *Trofozoíto ou forma vegetativa (20-40um) -Único núcleo -Movimentação por meio de pseudópodes *Pré-cisto Fase intermediária entre trofozoíto e cisto. Morfologia oval e apresenta um núcleo.

CICLO BIOLÓGICO A infecção ocorre no momento em que o hospedeiro ingere os cistos maduros a partir de alimentos e água contaminados. O desencistamento ocorre no fim do intestino grosso, onde o metacisto originará trofozoítos que colonizarão a mucosa da região. A condição de pré-cisto ocorre quando eles despregam da mucosa e sofrem divisões, logo após tornando-se cisto novamente para eliminação junto às fezes.
Giardia lamblia

Giardia lamblia

MORFOLOGIA *Trofozoíto(20x10um) -Formato de pêra com simetria bilateral -Quatro pares de flagelos -Possui duas faces: 1-Ventral -Côncava com disco ventral* - formado por microtúbulos e microfilamentos -Presença de corpos medianos(formações paralelas) 2-Dorsal -Lisa e convexa

*Cisto(12x8um) -Formato oval -Dependendo da coloração pode-se visualizar uma fina membrana -Dois a quatro núcleos opostos aos corpos escuros em formato de meia-lua -Fibrilas de número variável
OBS.:*ou disco adesivo ou disco suctorial(por parecer uma ventosa) CICLO BIOLÓGICO A infecção é dada por ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do parasita. Devido ao Ph ácido do estômago inicia-se o desencistamento e ao fim do intestino delgado já pode ser verificada uma infestação de trofozoítos. Não se sabe se os estímulos que conduzem o encistamento ocorrem dentro ou fora do parasito(NEVES). Sendo assim, ele torna ao formato de cisto para melhor sobrevivência no meio externo após eliminação devido a parede quitinosa.
Plasmodium falciparum

Plasmodium falciparum

MORFOLOGIA Formas evolutivas: 1)EXTRACELULARES(Infectantes): Esporozoítos, Merozoítos e Oocineto 2)INTRACELULARES: Trofozoítos, Esquizontes e Gametócitos OBS.: Nas formas extracelulares uma membrana externa simples e uma membrana interna dupla envolvem o citoplasma, enquanto que nas formas intracelulares ela está ausente. *Gametócito

*Trofozoíto
CICLO BIOLÓGICO O inseto vetor inocula a forma esporozoítica no humano por meio de sua saliva durante o repasto sanguíneo. Estes esporozoítos alcançarão a corrente sanguínea e terão movimentação graças às proteínas presentes em sua parede, mas esta durará pouco tempo. Ocorrerá uma invasão ao hepatócito onde passarão a forma de trofozoítos dando a origem aos esquizontes teciduais. Logo após a multiplicação a forma em que se encontram já é a de merozoíto, responsável por invadir eritrócitos. Após a invasão ele torna a forma de trofozoíto que formará esquizontes que se diferenciarão em merozoítos que atacarão novos eritrócitos. A diferenciação em estágios de gametócitos só ocorre após sucessivas divisões. A fêmea do inseto anofelino ingere os gametócitos durante o repasto sanguíneo e só eles conseguirão evoluir devido a reprodução sexuada que ocorrerá no intestino médio do inseto. Após a fecundação do gametócito masculino com o feminino e a consequente formação de um zigoto, há a formação do oocisto. Com a divisão esporogônica, os esporozoítos liberados após o rompimento do oocisto chegam até as glândulas salivares do mosquito.
Trypanosoma cruzi

Trypanosoma cruzi

MORFOLOGIA Polimorfismo apresentado pela classe sugere importante sobrevivência para a espécie em questão no meio. *Amastigota(Forma intracelular) -Formato arredondado -Possui flagelo, mas ele NÃO se exterioriza

*Tripomastigota(Forma extracelular) -Formato alongado -Possui cinetoplasto* POSTERIOR ao núcleo -Possui flagelo livre com extensa membrana ondulante que permite movimentação *Epimastigota -Formato alongado - Possui cinetoplasto ANTERIOR ao núcleo -Possui membrana ondulante lateralizada obs.: *Cinetoplasto= Mitocôndria modificada, rica em DNA
CICLO BIOLÓGICO O vetor, durante o repasto sanguíneo, injeta tripomastigotas metacíclicos que interagem com a pele e transformam-se em amastigotas. No entanto, no momento em que passam pelo interstício tornam a fase de tripomastigota novamente. Este multiplica-se sucessivamente e infecta o triatomíneo durante o momento de repasto sanguíneo passando para o trato digestivo. No intestino médio do inseto o parasita passará por divisões e ao sair do intestino passa para a fase epimastigota. Ao chegar na glândula salivar passa da fase epimastigota para tripomastigota metacíclico para infecção.
Leishmania

Leishmania

MORFOLOGIA *Amastigota(1,5x3,0um) -Forma encontrada no interior de células fagocitárias. -Formato ovalado. -Dependendo da coloração pode-se observar disperso no citoplasma o núcleo(formato arredondado, o cinetoplasto e o vacúolo- algumas vezes pode ser difícil a visualização deste. -Nesta forma, o flagelo só pode ser visualizado por microscópio eletrônico , uma vez que fica limitado a uma membrana que envolta o citoplasma, ou seja, ele não se exterioriza (Rizonema - porção intracitoplasmática do flagelo).

*Promastigota(10x1,5um) -Forma encontada no trato gastro-intestinal do hospedeiro invertebrado(intermediário). -Formato alongado em que o flagelo se exterioriza na porção anterior do corpo do parasita para além dos limites da membrana que envolve o citoplasma. -No citoplasma observa-se o núcleo arredondado na porção anterior e entre eles o cinetoplasto em formato de bastão. -É a forma INFECTANTE OBS.: Leishmania, nas diferentes formas evolutivas, apresenta em sua superfície uma variedade de moléculas muito importantes para a relação dos parasitos com seus hospedeiros, determinando a virulência, infecciosidade, sobrevivência e patogênese.
CICLO BIOLÓGICO Lutzomyia longipalpis, principal hospedeiro intermediário do gênero Leishamania, inocula sua saliva, a qual possui ação anticoagulante e vasodilatadora, no hospedeiro definitivo(humano) durante o repasto sanguíneo. A saliva do flebotomíneo está infectada com a forma promastigota, a qual possui LPG(lipofosfoglicano), dificultando a lise pelo sistema complemento após a endocitose uma vez que impedem a formação do fagolissomo. A partir disso, transformam-se em amastigotas como uma forma de `camuflagem` e iniciam a replicação, a qual se faz possível em meio ácido pela proteína gp63 presente em sua membrana que neutraliza o meio. Com o repasto sanguíneo o flebotomíneo ingere a forma amastigota livre no sangue a qual no trato digestivo transforma-se em amastigotas infectantes
17 de ago. de 2016
Ascaris Lumbricoides

Ascaris Lumbricoides



Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Ascaridida
Família: Ascarididae
Espécie: Ascaris lumbricoides

       O ascaris lumbricoides é o parasita responsável por causar, nos seres humanos, uma infecção conhecida como ascaríase, ascaridíase, ascaridose ou ascaridiose.

Morfologia dos Vermes Adultos:


 Machos e fêmeas possuem diferenças em sua morfologia e em seu tamanho (figura1):

 -Fêmeas: São maiores, mais grossas, possuem a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada e podem chegar a ter 30 ou 40 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Já quando o número de parasitas é grande (muitas dezenas ou centenas de vermes ocupando o mesmo hábitat), seu tamanho é reduzindo, chegando a ter entre 10 e 15 cm de comprimento. Grande parte da cavidade pseudocelômica é ocupada pelos órgãos genitais, que são duplos.

-Machos: sua extremidade caudal possui um enrolamento ventral e podem chegar a ter 15 a 30 cm de comprimento quando o número de parasitas no hospedeiro é pequeno. Possuem, como anexos de seus genitais, dois espículos grossos, curvos e iguais (figura 2).



Figura 1. A. Fêmea, com o extremo posterior retilíneo. B. Macho, com a cauda enrolada ventralmente. Rey, 2008

 Figura 2, mostrando a boca trilabiada presente no parasita e as espículas presentes nos machos da espécie

 A boca desse parasita se encontra perfeitamente centrada na extremidade anterior e possui três lábios grandes: um dorsal e dois látero-ventrais.(figura 2 e 3)



Figura 3. Boca do ascaris (M) com seus três lábios. Rey, 2008


 Morfologia dos Ovos:


 Possuem 3 camadas:
1- A mais interna, muito delgada e impermeável à água;
2- A média é bastante espessa;
3- A mais externa que, diferente das demais, não é elaborada pelo próprio ovo, mas segregada pela parede uterina. Sendo em geral grossa, irregular e com superfície mamilonada. Algumas vezes a casca externa é muito delgada ou falta completamente.
Podem ser eliminados ovos férteis (aqueles que foram fecundados) e ovos inférteis (aqueles que não foram fecundados). Os ovos férteis são quase esféricos, medindo em média 60 × 45 μm. Os ovos inférteis são mais alongados que os ovos férteis, possuem casca mais delgada e medem em média 80 a 90 μm de comprimento. Além disso, possuem um citoplasma cheio de grânulos.


Figura 4. Ovo fértil de ascaris (lâmina do LMF). Praça e Morais 2016.


Figura 5. Ovo infértil de ascaris (lâmina do LMF) Praça e Morais 2016


 Figura 6. Ovo fértil. Atlas de parasitologia UFF 


 Figura 7. Ovo Infértil. Atlas de Parasitologia UFF 


 Figura 8. Ovo fértil decorticado (sem camada mamilonada) 

 Ciclo Evolutivo


 O embrionamento ocorre no meio externo. Em temperaturas ótimas, que ocorre entre 20 e 30º C, o embrionamento pode fazer-se em duas semanas. A larva formada precisa de mais uma semana para sofrer a primeira muda dentro do ovo. Só depois disso adquire a capacidade de infectar um novo hospedeiro, quando o ovo for ingerido. Após a ingestão, ocorre a eclosão que é desencadeada por estímulos fornecidos pelo hospedeiro, onde destaca-se a concentração de CO2. A larva de segundo estágio que sai do ovo é aeróbia, portanto não consegue desenvolver-se na cavidade intestinal. Então, começará por invadir a mucosa intestinal e penetrar na circulação sanguínea ou linfática. As larvas chegam ao “coração direito” e são levadas ao pulmão. No pulmão, as larvas de segundo estágio encontram meio favorável para continuar sua evolução. Por volta do oitavo ou nono dia, sofrem a segunda muda e se transformam em larvas de terceiro estágio. Nos alvéolos pulmonares, sofrem a terceira muda e se transformam em larvas de quarto estágio. As larvas de quarto estágio, chegando aos bronquíolos, passam a ser arrastados com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traqueia e laringe, para serem deglutidas e alcançarem o estômago e intestino. No intestino, ocorre a quarta e última muda, transformando-os em adultos jovens. O desenvolvimento sexual completa-se em cerca de dois meses e, em geral, aos dois meses e meio as fêmeas começam a pôr ovos. 


 Referências: 

1. REY, Luïs. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 

Links das Imagens: 

26 de jul. de 2016
Ancilostomídeos

Ancilostomídeos

Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Strongylida 
Família:  Ancylostomatidae

Os ancilostomídeos são responsáveis por causar ancilostomíase. 
São pequenos vermes redondos, brancos e com cerca de 1cm de comprimento.
Esses vermes apresentam duas estruturas bastante características: a cápsula bucal (presente nos machos e fêmeas) e a bolsa copuladora, presente apenas nos machos (imagem1).
A cápsula bucal possui estruturas cuticulares cortantes que ajudam a dilacerar a mucosa do hospedeiro. 

Imagem 1. Ancylostoma caninum macho (lâmina do LMF)
Praça e Morais, 2016.

Morfologia:

1- Ancylostoma duodenale: 

Possui dois pares de dentes na cápsula bucal.
É o parasito habitual do homem
Imagem 2. Ancylostoma duodenale

2- Ancylostoma caninum:

Apresenta três pares de dentes. 
Infesta cães e gatos, mas pode invadir o organismo humano causando dermatites (larva migrans).
Imagem 3. Ancylostoma caninum x10 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016

Imagem 4. Ancylostoma caninum x10 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016.

3- Ancylostoma braziliense

Possui apenas um par de dentes. Na base de cada dente, encontra-se um outro dente muito pequeno.
Imagem 4. Ancylostoma braziliense x40 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016


Imagem 5. Ancylostoma braziliense x10 (lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016.

4-Necator americanus

No lugar dos dentes, ele possui lâminas cortantes.
Imagem 6. Necator americanus


Ciclo Biológico:


Ovos:
A quantidade de ovos que uma fêmea põe depende da espécie. 
Os ovos das várias espécies dão muito parecidos, ovóides, com casca fina e transparentes. Contudo, são diferentes no tamanho. 
No momento que o ovo é posto, a célula-ovo é única, iniciando a segmentação nas fezes. Em condições favoráveis, a larva pode ser formada em 18 horas. Entre 23 e 33ºC, a eclosão dos ovos pode ocorrer em um ou dois dias.

Larvas rabditóides:
São as larvas que saem dos ovos, se alimentam ativamente do solo, chegando a ter 400 μm de comprimento quando sofrem a primeira muda, passando para larvas de segundo estádio.
Essas larvas rabditóides de segundo estágio crescem até alcançarem 500 a 700 μm quando começam a se modificar para se transformarem em larvas filarióides.

Larvas filarióides:
O crescimento acentuou-se e desde a segunda muda (quando a larva passa de rabditóide para filarióide) a larva passou a nutri-se de suas reservas. 
Ao fim de mais ou menos uma semana, a larva alcança o estágio infectante, ficando aqui o desenvolvimento estagnado, esperando por condições adequadas do hospedeiro para que haja continuidade do seu crescimento.

Continuando o processo descrito acima, a infecção ocorre ativamente pela pele ou passivamente por via oral pelas larvas filarióides.
Quando a infecção é ativa, as larvas atingem os alvéolos, migram para os bronquíolos e brônquios, chegando a faringe e sendo deglutidos. Atingindo, em seguida, o intestino delgado.

Imagem 7. Ciclo de vida dos ancilostomídeos



Referências:

REY, Luis. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

Links das imagens:

http://parasitandonaweb.xpg.uol.com.br/ancilostomideos.html
http://www.ufrgs.br/parasito/Aulas%20Parasito/Medicina/helmipar08.pdf




Strongyloides stercoralis

Strongyloides stercoralis

Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Rhabditorida
Família: Strongyloididae
Espécie: Strongyloides stercoralis

A ordem a qual esse parasita faz parte, compreende pequenos nematóides que vivem no solo ou na água como seres de vida livre. Contudo, alguns parasitam animais ou plantas, como o Strongyloides stercoralis
A doença que esse parasita causa é a estrongiloidíase, também conhecida como estrongiloidose ou anguilulose. A infecção por esse parasita, geralmente resulta em doença crônica assintomática do intestino, podendo passar despercebida por décadas. Contudo, em pacientes que recebem terapia com corticoesteróides a longo prazo, hiperinfecção pode acontecer, o que pode resultar em altas taxas de mortalidade. Estrongiloidíase é de difícil diagnóstico, pois a carga parasitária é baixa e a saída das larvas é irregular, assim os resultados de uma única análise de fezes pode não detectar a presença de larvas 
Existem aproximadamente 38 espécies do gênero Strongyloides, a separação das espécies depende da exclusividade de hospedeiros que cada uma se adaptou.

Morfologia do parasita:


Fêmea de vida livre: Possui entre 1mm e 1,5mm de comprimento; possui corpo fusiforme, com extremidade anterior romba e extremidade posterior afilada. Na extremidade anterior encontra-se a boca cercada por três lábios.

Macho (sempre é de vida livre): É menor que a fêmea, possuindo cerca de 0,7mm e sua parte posterior é recurvada ventralmente.

Fêmea Partenogênica: São maiores que as fêmeas de vida livre, porém mais delgadas. Medem cerca de 2,2 mm de comprimento. 

Larva rabditóide: Medem de 200 a 300 μm de comprimento. São chamadas assim pois possuem esôfago rabditóide, ou seja, com a metade anterior cilíndrica, um pseudobulbo no meio, seguido de uma porção estreita e um bulbo na parte terminal.

Larva Filarióide: Medem cerca de  500 μm possuem o esôfago muito longo e cilíndrico sem a dilatação bulbar.


Imagem 1. Larva Rabditóide de Strongyloides stercoralis


Imagem 2. larva filarióide de Strongyloides stercoralis x10 (lâmina do LMF ) Praça e Morais, 2016



Imagem 3: larva filarióide de Strongyloides stercoralis x40 (lâmina do LMF) Praça e Morais, 2016

 



 Ciclo Biológico


 

1- Ciclo de Vida Livre:

As larvas que saem dos ovos (L1) são do tipo rabditóide. Essas larvas podem sofrer uma muda, passando para larvas rabditóides de segundo estádio (L2) que evoluirão para machos ou fêmeas de vida livre.

2- Ciclo Parasitário:

Por motivos ainda não conhecidos, algumas larvas rabditóides de primeiro estádio, ao invés de produzirem larvas de segundo estádio, passam a evoluir para larvas filarióides. Essas larvas só completam sua evolução quando se encontrarem com um hospedeiro.
Depois de invadir o tegmento, elas entram na corrente sanguínea, atravessam o ventrículo direito do coração e chegam aos capilares pulmonares, penetram os alvéolos e bronquíolos, chegam até a laringe onde são deglutidas, chegando, finalmente, ao intestino. Durante essa migração, as larvas se transformam em vermes adultos.
No intestino são encontradas, apenas, fêmeas partenogênicas.

Imagem 3. Ciclo de vida do Strongyloides stercoralis. Rey, 2008
  • Ciclo Direto: Ocorre quando as larvas rabditóides se transformam em larvas filarióides infectantes.

  • Ciclo Indireto: Ocorre quando as larvas rabditóides dão origens a vermes de vida livre. Depois da cópula desses vermes, as fêmeas põe ovos com larvas rabditóides, as quais dão origem a larvas filarióides infectantes





Referências:

ERICSSON, Charles D. et al. Diagnosis of Strongyloides stercoralis infection. Clinical Infectious Diseases, v. 33, n. 7, p. 1040-1047, 2001.
REY, Luïs. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

Schistosoma mansoni

Schistosoma mansoni



É o parasita responsável por causar esquistosomíase mansônica. Aqui no Brasil, essa doença também é conhecida como:  xistossomose, xistosa, doença dos caramujos ou barriga d'água.


Morfologia dos vermes adultos:


Apresenta dismorfismo sexual
-Macho: possui cerca de 1cm; tem cor esbranquiçada; apresenta o corpo dividido em duas porções: anterior, na qual encontra-se a ventosa oral e a ventosa ventral (acetábulo), e a posterior, onde encontra-se o canal ginecóforo.

-Fêmea: É maior que o macho, chegando a ter 1,5cm. Tem a cor mais escura, pois contém em seu tubo digestivo um pigmento derivado da digestão do sangue. Também possui na porção anterior a ventosa oral e o acetábulo.

Imagem 1. Casal de Schistosoma mansoni, mostrando a
 fêmea alojada no canal ginecóforo do macho (lâmina do LMF).
 Praça e Morais 2016

Morfologia dos Ovos:


Possui cerca de 150 μm. Tem um formato oval, com o polo anterior mais delgado e o polo posterior mais volumoso com um espículo voltado para trás.
O que caracteriza que o ovo está maduro é a presença do miracídio dentro dele, o qual pode ser visível pela transparência do ovo.

Imagem 2. Ovo Schistosoma mansoni. Rey, 2008

Morfologia do Miracídio:


Possui um formato cilíndrico, medindo cerca de 180 μm.
Quando abandonam os ovos, os miracídios começam a nadar de forma ativamente, descrevendo movimentos circulares.
Observações sugerem que Biomphalaria e outros gêneros de moluscos liberam substâncias que são capazes de estimular a atividade do miracídio, desenvolvendo uma ação quimiocinética inespecífica.

Morfologia da Cercária:


Apresentam um comprimento total de 500μm.
Possuem uma cauda bifurcada que serve para se movimentar no meio aquático.
Na água, as cercárias têm a tendência de se acumular sobre a superfície líquida. Estímulos luminosos ou de contato estimulam a atividade natatória.

Imagem 3. Cercárias (Lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016


Ciclo Biológico


Este verme desenvolve sua fase adulta na luz dos vasos sanguíneos do homem, principalmente as vênulas do plexo hemorroidário superior e as ramificações mais finas das veias mesentéricas, particularmente da mesentérica inferior. Nesses locais, a fêmea põe seus ovos.
Os ovos chegam a luz intestinal e são liberados com as fezes. Aqueles que chegam em tempo útil a algum local com água doce, eclodem e liberam o miracídio, os quais nadam em círculos até encontrar um molusco do gênero  Biomphalaria.
Os miracídios geram esporocistos e depois cercárias.
As cercárias são liberadas na água e penetram ativamente a pele do hospedeiro. 
Depois da penetração, as cercárias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos. Estes ganham a circulação e vão ao coração, em seguida, ao pulmão e depois ao fígado. 
No sistema porta intra-hepático, os esquistossômulos se alimentam de sangue até atingirem a fase adulta. 
Os vermes adultos acasalam-se e migram para a parede das vênulas do intestino.

Imagem 4. Ciclo de vida do Schistosoma mansoni



Referências:

NEVES, David Pereira et al. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
REY, Luis. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

Link das imagens:


http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/ciclo-biologico/
25 de jul. de 2016
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Introdução ao Blog!




Olá! Sejam bem vindos!



Este Blog foi elaborado com o intuito de auxiliar os estudantes da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) do segundo semestre do curso de medicina com o estudo de parasitologia. 

Como referência base foi utilizado o livro “Parasitologia”, Luis Rey e “Parasitologia humana”, David Pereira Neves. 

Além disso, foram dispostas fotos das lâminas do laboratório morfofuncional para melhor entender a descrição morfológica desses helmintos e protozoários. 

Quaisquer dúvidas sintam-se a vontade para enviá-las para o nosso e-mail: parasitologialmf@gmail.com .
23 de jul. de 2016
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Abordagem da criança com anemia falciforme e fibrose cística

Abordagem da criança com anemia falciforme e fibrose cística. Aborda duas patologias rastreadas por meio da triagem neonatal ou teste do pezinho: a anemia falciforme e a fibrose cística. E objetiva identificar os casos que envolvem crianças diagnosticadas com estas doenças para compreender como avaliar e manejar estas situações. Unidade 6 “Abordagem da criança com anemia falciforme e fibrose cística”, do módulo 8 “Situações clínicas comuns materno-infantis” do Programa Multicêntrico de Qualificação em Atenção Domiciliar a Distância. Palavras-chave DeCS Atenção à Saúde; Anemia Falciforme; Fibrose Cística; URI https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/1787 DOWNLOAD https://ares.unasus.gov.br/acervo/bitstream/handle/ARES/1787/UNIDADE_06.pdf?sequence=5&isAllowed=y
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Acervo de Recursos Educacionais em Saúde - ARES

O Acervo de Recursos Educacionais em Saúde - ARES disponibiliza recursos educacionais desenvolvidos para o ensino-aprendizagem de trabalhadores da saúde. Aqui você encontra vídeos, textos, imagens, entre outros conteúdos, para atender às necessidades de formação e capacitação desses trabalhadores. https://ares.unasus.gov.br/acervo/profile
18 de ago. de 2015
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CFF CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA RESOLUÇÃO Nº 517

CFF CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. RESOLUÇÃO Nº 517 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009. Dispõe sobre a inscrição e carteira profissional do técnico de nível médio e assemelhados. Ementa: Dispõe sobre a inscrição e carteira profissional do técnico de nível médio e assemelhados, e dá outras providências. O Presidente do CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelas alíneas “g” e “m” do artigo 6º da Lei nº 3.820/60;
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Equipamentos de Laboratório Analíses Clínicas

Equipamentos de Laboratório Analíses Clínicas. Os equipamentos que serão comprados dependerá do nível do laboratório e dos trabalhos executados. Os elementos básicos que devem ter na área administrativa são fichários para pacientes, computadores, armários, estantes, gavetas, impressoras, cadeiras, móveis para recepcionar o paciente, etc.
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Curso técnico de analíses clínicas

Curso técnico de analíses clínicas. A habilitação profissional de Técnico em Análises Clínicas é uma área profissional de saúde que apresenta uma demanda crescente no que se refere à necessidade de profissionais habilitados, com conhecimentos científicos, tecnológicos, humanísticos e éticos necessários ao pleno exercício da cidadania.
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Linkedin Técnicas e Técnicos em Analíses Clínicas

Linkedin Técnicas e Técnicos em Analíses Clínicas. Conheça as pessoas formadas com perfil no Linkedin que são técnicas e técnicos em analíses clínicas.
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PRONATEC TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS

PRONATEC TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS. Auxilia e executa atividades padronizadas de laboratório - automatizadas ou técnicas clássicas - necessárias ao diagnóstico, nas áreas de parasitologia, microbiologia médica, imunologia, hematologia, bioquímica, biologia molecular e urinálise. Colabora, compondo equipes multidisciplinares, na investigação e implantação de novas tecnologias biomédicas relacionadas às análises clínicas. Opera e zela pelo bom funcionamento do aparato tecnológico de laboratório de saúde. Em sua atuação é requerida a supervisão profissional pertinente, bem como a observância à impossibilidade de divulgação direta de resultados.
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Profissionais da área de Análises Clínicas

Profissionais da área de Análises Clínicas. São técnicos de Analíses Clínicas, Biológos, Biomédicos, Bioquímicos, Farmaceuticos, Veterinários.