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29 de abr. de 2011
CARACTERIZAÇÃO DAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR

CARACTERIZAÇÃO DAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR





É muito comum pessoas incriminarem os alimentos que acabaram de consumir como causadores dos distúrbios gastrintestinais que venham apresentar. Considerando o fato que, em condições normais, um indivíduo alimenta-se varias vezes ao dia, qualquer doença ocorre sempre “após a refeição”. Entretanto, antes que determinado alimento possa ser incriminado como o causador de um problema gastrintestinal, varias procedências são necessárias.
De acordo com a Center for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, define-se como surto de doença de origem alimentar a ocorrência de dois ou mais casos de doença associada a um único alimento.
A identificação de um surto de doença de origem alimentar é realizada através de um inquérito epidemiológico, conduzido entre indivíduos que tenham q que não tenham consumido o(s) alimento(s) suspeito(s), quer tenham apresentado os sintomas característicos, quer não, e também através de exames laboratoriais em amostras clínicas e nas amostras de alimentos. Deve-se considerar também que nem todos os indivíduos que consomem o mesmo alimento contendo um agente patogênico apresentam a mesma sintomatologia. O período de incubação, a gravidade e a duração da doença podem ser diferentes, em função da idade, do estado nutricional, da sensibilidade individual e da quantidade de alimento ingerido.
Em grande parte dos surtos de doenças microbiana de origem alimentar relatados, a identificação do alimento causador é inferida apenas com base no inquérito epidemiológico. Somente em alguns raros casos reportados, a identificação do microrganismo patogênico no material clínico nas amostras de alimentos foi possível. Isto pode ser explicado por que:
A- o(s) alimentos(s) suspeito(s) não está(ão) mais disponível(is) para análise laboratorial;
B- não é possível caracterizar o alimento suspeito;
C- a análise laboratorial é limitada, pois, devido ao custo, é impraticável investigar todos os patógenos possíveis;
D- as metodologias laboratoriais empregadas para isolamento e identificação dos inúmeros patógenos não são 100% eficientes.








BIBLIOGRAFIA



FRANCO, Barnadette Gombossy; Microbiologia dos Alimentos. Pgs: 34 e 35. Editora: Atheneu. São Paulo, 2008.












Acadêmica: Karen Quevedo
17 de abr. de 2011
Trichuríase

Trichuríase











É uma parasitose do intestino grosso do homem causada pelo parasita Tricuris trichiura. As infecções moderadas são causadas principalmente no ceco e cólon ascendente e as infecções intensas ocupam o cólon distal, reto e porção distal do íleo.
Esses parasitas alimentam-se de restos enterócitos lisados por suas enzimas proteolíticas.
Transmissão: dá-se pela ingestão, via oral, de ovos contidos em água e alimentos contaminados.
Sintomatologia: os sinais ou sintomas mais comuns são nervosismo, insônia, perda de apetite, náuseas e êmese, diarréia, algias abdominais, perda de peso, anemia. Em infecções fechadas ( 500 a 5.000 vermes ) causa  inflamação intestinal e prolapso retal.
Profilaxia: Educação sanitária,  tratar os doentes, manter higiene com água e alimentos, construção de fossas sépticas, proteção de alimentos contra insetos, manter higiene pessoal.
Ascaris lumbricoides

Ascaris lumbricoides

11 de abr. de 2011
COMO PROVAR SER UM VÍRUS A CAUSA DE CÂNCER HUMANO

COMO PROVAR SER UM VÍRUS A CAUSA DE CÂNCER HUMANO


É evidente que os vírus estão envolvidos na gênese de vários tipos de tumor humano. Em geral, é muito difícil comprovar uma relação casual entre vírus e determinado tipo de câncer. Se um vírus for único agente etiológico de um câncer específico, a distribuição geográfica da infecção viral deverá coincidir com a do tumor; a presença de marcadores virais deve ser maior nos casos do que nos controles; e a infecção viral deve proceder ao desenvolvimento do tumor. Este critério pode ser difícil de estabelecer se outros fatores ambientais ou genéticos causam alguns casos do mesmo tipo de câncer. Somente nos casos em que a expressão contínua de uma função viral for necessária à manutenção da transformação é que os genes virais persistirão em todas as células tumorais. Se o vírus constituir uma etapa inicial na carcinogênese em múltiplas etapas, poderá haver a perda do genoma viral à medida que o tumor, mas pode representar simplesmente um passageiro devido à sua afinidade pelo tipo celular. Em geral, vírus tumorais não se replicam nas células transformadas, de modo que é necessário utilizar métodos muito sensíveis, como a pesquisa de ácidos nucléicos ou proteínas virais, para detectar a presença do vírus. A indução de tumores em animais de laboratório e a transformação de células humanas em cultura constituem boas evidências circunstanciais de que um vírus é tumorigênico. Esses sistemas podem fornecer modelos para análises moleculares do processo de transformação, mas não constituem uma prova de que o vírus provoca determinado câncer humano. A prova mais definitiva de uma relação casual consiste na redução da incidência do tumor mediante a prevenção da infecção pelo vírus. Os métodos de intervenção devem ser eficazes para reduzir a ocorrência de câncer, mesmo se o vírus for apenas um dos diversos co-fatores.




BIBLIOGRAFIA

BROOKS, Geo F. [et.al]; Microbiologia médica. 24ª Edição. Pág 602. Editora Mc Graw Hill. Rio de Janeiro,2009.




Acadêmica: Karen Quevedo


10 de abr. de 2011
Ascaridíase

Ascaridíase

É uma patologia provocada pelo parasita Ascaris Lumbricoides, que é um verme de grande distribuição mundial, com taxa de incidência elevada, sendo uma das verminoses mais comuns no Brasil.



                               A transmissão se dá por ingestão por via oral de ovos.
 - No meio ambiente onde são lançados os ovos junto com as fezes de um indivíduo contaminado, esses ovos precisam passar por fase de maturação ( 5 fases ) que na fase 3 gera a larva infectante ( larva filarióide ).
 As larvas L3 não originam diretamente os Ascaris lumbricoides, elas se aprofundam, atravessam a parede intestinal e caem na corrente sanguinea, vão para o figado, o coração direito e o pulmão ( alvéolos pulmonares ), As larvas permanecem no sistema respiratório por mais ou menos 10 dias, onde sofrem transformações de maturação na presença de oxigênio. As larvas saem dos pulmões, passando pelos brôquios e pela traquéia até chegarem a laringe, onde são engolidas novamente, passam pelo estômago e instalam-se definitivamente no intestino delgado ( jejuno e íleo ), crescem e transformam-se em vermes adultos, onde ocorre a diferenciação sexual ( macho e fêmea ) e o acasalamento. Ocorrendo a cópula ou não, a fêmea põe ovos, que saem nas fezes e caem no meio ambiente originando um novo ciclo. Quando adultos os machos são menores que as fêmeas e possuem a extremidade posterior fortemente encurvada para face ventral.



Sintomatologia:  os sinais e sintomas mais frequentes são: tosse seca devido á presença de larvas no sistema respiratório, bronquite, algia abdominal, náuseas, êmese, diarréia e sintomas nervosos. Clinicamente, se manifesta por emagrecimento, por hemorragias pulmonares pela presença do parasita no pulmão, pelo abortamento de vermes adultos ( pela boca e ânus ) e pela broncopneumonia.







 Principais complicações da fase crônica: Enovelamento, quando se tem muito verme ele obstrui a parede  intestinal causando necrose e obstrução de alça intestinal.



Profilaxia: Dar destino adequado aos dejetos humanos, tratar os doentes, manter higiene com alimentos e água, manter higiene pessoal, contruir fossas e sanitários  e proteger os alimentos contra insetos coprófagos ( mosca, barata… )