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11 de fev. de 2012

Hemostasia





Hemostasia é o processo pelo qual o organismo procura controlar a perda sanguínea através de um vaso lesado, evitando que ela se prolongue por um tempo maior. Em condições normais as plaquetas e os fatores de coagulação circulam sob a forma não-ativada e só exercem a função hemostática quando essas condições se alteram.
            O mecanismo de hemostasia pode ser dividido em duas fases, sendo a primeira denominada de hemostasia primaria. Essa fase ocorre logo após a lesão do vaso, uma solução de continuidade. Há uma imediata constrição do vaso para que haja a diminuição do fluxo local, assim as plaquetas podem entrar em contato com a solução de continuidade. Esse simples toque é o bastante para ativar as plaquetas e iniciar o processo de hemostasia, elas se aderem ao vaso e se acumulam para formar um tampão plaquetário — podemos entender como o primeiro mecanismo de defesa contra a perda sanguínea. As plaquetas ativadas e aderidas liberam substâncias com várias funções: promover a agregação das plaquetas aderidas, ativam o mecanismo de coagulação, diminuem a permeabilidade e mantém o tônus da rede vascular. Logo após a adesão das plaquetas ocorre a agregação das mesmas, seguindo a ativação do mecanismo de coagulação.

            A hemostasia secundaria engloba os fenômenos que se destinam à formação de um coágulo consistente, capaz de obliterar a lesão vascular, que se forma uma etapa depois por causa da deposição de uma rede de fibrina entre as plaquetas agregadas. A fibrina é uma substancia que se forma pela ativação dos fatores da coagulação (ativados pelas plaquetas e células do vaso lesado). Todo o processo de coagulação tem agentes controladores para que não haja crescimento exagerado do trombo no interior do vaso.
            Completada a hemostasia o vaso deve ser recanalizado para que o fluxo sanguíneo seja restabelecido. A última etapa consiste na remoção do coágulo, onde enzimas das células epiteliais dissolvem a fibrina. Entre essas enzimas tem-se a plasmina, que promove a remoção completa do trombo.


Bibliografia:
LORENZI, Therezinha; Manual de hematologia propedêutica e clínica; pg 145, 4º Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.


Frantiesca Vargas 
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