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26 de jul. de 2016

Schistosoma mansoni



É o parasita responsável por causar esquistosomíase mansônica. Aqui no Brasil, essa doença também é conhecida como:  xistossomose, xistosa, doença dos caramujos ou barriga d'água.


Morfologia dos vermes adultos:


Apresenta dismorfismo sexual
-Macho: possui cerca de 1cm; tem cor esbranquiçada; apresenta o corpo dividido em duas porções: anterior, na qual encontra-se a ventosa oral e a ventosa ventral (acetábulo), e a posterior, onde encontra-se o canal ginecóforo.

-Fêmea: É maior que o macho, chegando a ter 1,5cm. Tem a cor mais escura, pois contém em seu tubo digestivo um pigmento derivado da digestão do sangue. Também possui na porção anterior a ventosa oral e o acetábulo.

Imagem 1. Casal de Schistosoma mansoni, mostrando a
 fêmea alojada no canal ginecóforo do macho (lâmina do LMF).
 Praça e Morais 2016

Morfologia dos Ovos:


Possui cerca de 150 μm. Tem um formato oval, com o polo anterior mais delgado e o polo posterior mais volumoso com um espículo voltado para trás.
O que caracteriza que o ovo está maduro é a presença do miracídio dentro dele, o qual pode ser visível pela transparência do ovo.

Imagem 2. Ovo Schistosoma mansoni. Rey, 2008

Morfologia do Miracídio:


Possui um formato cilíndrico, medindo cerca de 180 μm.
Quando abandonam os ovos, os miracídios começam a nadar de forma ativamente, descrevendo movimentos circulares.
Observações sugerem que Biomphalaria e outros gêneros de moluscos liberam substâncias que são capazes de estimular a atividade do miracídio, desenvolvendo uma ação quimiocinética inespecífica.

Morfologia da Cercária:


Apresentam um comprimento total de 500μm.
Possuem uma cauda bifurcada que serve para se movimentar no meio aquático.
Na água, as cercárias têm a tendência de se acumular sobre a superfície líquida. Estímulos luminosos ou de contato estimulam a atividade natatória.

Imagem 3. Cercárias (Lâmina do LMF). Praça e Morais, 2016


Ciclo Biológico


Este verme desenvolve sua fase adulta na luz dos vasos sanguíneos do homem, principalmente as vênulas do plexo hemorroidário superior e as ramificações mais finas das veias mesentéricas, particularmente da mesentérica inferior. Nesses locais, a fêmea põe seus ovos.
Os ovos chegam a luz intestinal e são liberados com as fezes. Aqueles que chegam em tempo útil a algum local com água doce, eclodem e liberam o miracídio, os quais nadam em círculos até encontrar um molusco do gênero  Biomphalaria.
Os miracídios geram esporocistos e depois cercárias.
As cercárias são liberadas na água e penetram ativamente a pele do hospedeiro. 
Depois da penetração, as cercárias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos. Estes ganham a circulação e vão ao coração, em seguida, ao pulmão e depois ao fígado. 
No sistema porta intra-hepático, os esquistossômulos se alimentam de sangue até atingirem a fase adulta. 
Os vermes adultos acasalam-se e migram para a parede das vênulas do intestino.

Imagem 4. Ciclo de vida do Schistosoma mansoni



Referências:

NEVES, David Pereira et al. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
REY, Luis. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

Link das imagens:


http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/ciclo-biologico/
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