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26 de jul. de 2016

Strongyloides stercoralis

Classificação:
Reino: Animalia
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Ordem: Rhabditorida
Família: Strongyloididae
Espécie: Strongyloides stercoralis

A ordem a qual esse parasita faz parte, compreende pequenos nematóides que vivem no solo ou na água como seres de vida livre. Contudo, alguns parasitam animais ou plantas, como o Strongyloides stercoralis
A doença que esse parasita causa é a estrongiloidíase, também conhecida como estrongiloidose ou anguilulose. A infecção por esse parasita, geralmente resulta em doença crônica assintomática do intestino, podendo passar despercebida por décadas. Contudo, em pacientes que recebem terapia com corticoesteróides a longo prazo, hiperinfecção pode acontecer, o que pode resultar em altas taxas de mortalidade. Estrongiloidíase é de difícil diagnóstico, pois a carga parasitária é baixa e a saída das larvas é irregular, assim os resultados de uma única análise de fezes pode não detectar a presença de larvas 
Existem aproximadamente 38 espécies do gênero Strongyloides, a separação das espécies depende da exclusividade de hospedeiros que cada uma se adaptou.

Morfologia do parasita:


Fêmea de vida livre: Possui entre 1mm e 1,5mm de comprimento; possui corpo fusiforme, com extremidade anterior romba e extremidade posterior afilada. Na extremidade anterior encontra-se a boca cercada por três lábios.

Macho (sempre é de vida livre): É menor que a fêmea, possuindo cerca de 0,7mm e sua parte posterior é recurvada ventralmente.

Fêmea Partenogênica: São maiores que as fêmeas de vida livre, porém mais delgadas. Medem cerca de 2,2 mm de comprimento. 

Larva rabditóide: Medem de 200 a 300 μm de comprimento. São chamadas assim pois possuem esôfago rabditóide, ou seja, com a metade anterior cilíndrica, um pseudobulbo no meio, seguido de uma porção estreita e um bulbo na parte terminal.

Larva Filarióide: Medem cerca de  500 μm possuem o esôfago muito longo e cilíndrico sem a dilatação bulbar.


Imagem 1. Larva Rabditóide de Strongyloides stercoralis


Imagem 2. larva filarióide de Strongyloides stercoralis x10 (lâmina do LMF ) Praça e Morais, 2016



Imagem 3: larva filarióide de Strongyloides stercoralis x40 (lâmina do LMF) Praça e Morais, 2016

 



 Ciclo Biológico


 

1- Ciclo de Vida Livre:

As larvas que saem dos ovos (L1) são do tipo rabditóide. Essas larvas podem sofrer uma muda, passando para larvas rabditóides de segundo estádio (L2) que evoluirão para machos ou fêmeas de vida livre.

2- Ciclo Parasitário:

Por motivos ainda não conhecidos, algumas larvas rabditóides de primeiro estádio, ao invés de produzirem larvas de segundo estádio, passam a evoluir para larvas filarióides. Essas larvas só completam sua evolução quando se encontrarem com um hospedeiro.
Depois de invadir o tegmento, elas entram na corrente sanguínea, atravessam o ventrículo direito do coração e chegam aos capilares pulmonares, penetram os alvéolos e bronquíolos, chegam até a laringe onde são deglutidas, chegando, finalmente, ao intestino. Durante essa migração, as larvas se transformam em vermes adultos.
No intestino são encontradas, apenas, fêmeas partenogênicas.

Imagem 3. Ciclo de vida do Strongyloides stercoralis. Rey, 2008
  • Ciclo Direto: Ocorre quando as larvas rabditóides se transformam em larvas filarióides infectantes.

  • Ciclo Indireto: Ocorre quando as larvas rabditóides dão origens a vermes de vida livre. Depois da cópula desses vermes, as fêmeas põe ovos com larvas rabditóides, as quais dão origem a larvas filarióides infectantes





Referências:

ERICSSON, Charles D. et al. Diagnosis of Strongyloides stercoralis infection. Clinical Infectious Diseases, v. 33, n. 7, p. 1040-1047, 2001.
REY, Luïs. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008

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